A natureza tropical desabrocha no Quintana, tema da exposição “Resiliência”, por Sandra Kuniwake, com vernissage na quarta-feira, 22 de agosto, das 17 às 22 horas. Representada pela técnica mista do kirigami com aquarela e colagem, a mostra inspirada na flor de cerejeira celebra os 110 anos da imigração japonesa do Brasil, assim como os familiares da artista, neta de japoneses que vieram ao país em 1929. A noite contará com cardápio especial, criado especialmente para a ocasião e inspirado na mostra, drinks especiais e música ao vivo de João Egashira com MPB, e Machison Abreu com clássicos japoneses. Um momento especial para inspirar uma cultura tão forte e representativa na região de Curitiba.
No menu, assinado pela idealizadora Gabriela Vilar de Carvalho em parceria com o chef Tancredo Pereira, entram em destaque o yakisoba de shimeji, shitake, legumes orgânicos, amendoim e frango (porção individual, R$ 24,90); lombo suíno agridoce com gengibre, pimentões, cogumelos paris e gergelim, acompanha farofa Japão-Brasil de panko e coco tostado (R$ 31,90); bolinho de arroz japonês ao estilo Quintana, acompanha molho de pimenta (R$ 17,90); e filé prime grelhado com molho teriyaki (R$ 42,90). Cervejas especiais (R$ 15) e caipiras (R$ 24) completam o menu.
A mostra conta também com dois artistas convidados – Rute Yumi e Washington Takeuchi, que apresentam séries especiais. Rute traz a temática da cultura japonesa, e Washington realiza o lançamento do livro “Saudade do Ninho”, que retrata a resiliência dos imigrantes de várias etnias na capital paranaense. Obras de todos os artistas estão disponíveis para compra direta. Apoie e incentive a cultura e arte no Brasil!
Sobre a mostra
Após expor seu trabalho em aquarela e Kirigami em 2017, e também participar como convidada na exposição “Os Beija-flores e as flores de Maracujá”, da artista e curadora Birgitte Tümmler, no Quintana, nasceu a inspiração para a mostra “Resiliência”, em cartaz até 23 de outubro. O nome vem da flor de cerejeira – depois de dias brancos e frios de inverno, as floradas da árvore sinalizam o início da primavera no Japão, e assim abrem a temporada do hanami matsuri, que anuncia a hora de sair com a família e amigos para se divertir e apreciar as paisagens. A flor é símbolo de resiliência, “pois mesmo sendo delicada, sempre desabrocha depois de um rigoroso inverno”, explica Sandra. “Falo de uma flor, mas a resiliência demonstra a minha essência. Superar adversidades faz parte da minha trajetória e procuro aprender com elas”, completa.
Cultura no Quintana
O ano de 2018 vem trazendo muitas surpresas no braço cultural do Quintana Gastronomia. Com curadoria artística de Birgitte Tümmler, o espaço idealizado por Gabriela Vilar de Carvalho irá receber até o fim do ano outros grandes artistas como Denis Siminovich, Marcia Széliga e Nicole Giller. O trabalho dá continuidade a dez anos de fomento a ações culturais e sustentáveis em meio à gastronomia, com o objetivo de sensibilizar clientes, amigos e parceiros com estímulos sensoriais.
Sobre Sandra Kuniwake
Neta de japoneses que imigraram para o Brasil após a crise de 1929, Sandra sempre teve contato com familiares do seu país de origem, e conta com carinho os ensinamentos e histórias que reforçaram a cultura em sua personalidade. Sua vida profissional foi repleta de idas e vindas ao seu país de origem, ao trabalhar nas áreas de comunicação, publicidade e administração. Retornou permanentemente ao Brasil em 2010, em busca de um novo sonho, e foi assim que se aproximou ainda mais da área da arte, com sua formação em Desenho Industrial. Desenhar, durante esse período, ainda ficou em segundo plano, apesar de seu amor pela arte. O prazer foi retomado pela profissão e grupos de desenho como Croquis Urbanos e Urban Sketchers, em Curitiba. “É uma forma divertida de aprendizado e troca, como também de explorar a cidade. Me apaixonei pela técnica da aquarela que venho a aprimorar”, explica a artista.
Rute Yumi
Rute Yumi traz em suas séries pinturas produzidas com a tradicional tinta japonesa, sumi. Um material fortemente ligado à sua história familiar, com a qual a artista realiza pinturas contemporâneas. A reflexão, imersão, concentração são os elementos próprios dos trabalhos com a tinta sumi. Produziu nesta mostra duas séries – “Geada” e “Ipês” – na primeira, traz reflexões sobre a história de seus antepassados; na segunda, uma reflexão da imigração sobre o encontro de um ponto para se segurar em um novo lar.
Washington Takeuchi
Natural de Mandaguari, no Norte do Paraná, Washington Takeuchi mora em Curitiba desde 1978. Desde 2009, mantém o projeto autoral Circulando por Curitiba, um site no qual publica fotografias que levam a capital paranaense como fio condutor. Teve fotos publicadas em livros, jornais, revistas e sites. Lançou em 2018 o livro “Saudade do Ninho – a cidade de madeira que existe dentro de Curitiba” pela Editora InVerso. Participará como fotógrafo e curador do projeto “Viagem ao centro histórico em 80 dias”, aprovado pelo edital de mecenato subsidiado da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Machison Abreu
Machison Abreu é graduado em Licenciatura em Música pela UNESPAR Campus II – FAP. Começou seu estudo em música a partir de 2008, quando começou a fazer aulas particulares de violão. Em 2011, começou a estudar violoncelo com Alzira Schmitt Hübner, com quem tem aulas até hoje. Já integrou o Grupo Omundô – Projeto Música dos Povos, participou de peças de teatro fazendo sonoplastia ao vivo e projetos de dança. Atualmente integra a Orquestra Latino-Americana da UNESPAR, a Orquestra de Cordas da EMBAP (Orcembap) e o Grupo de Violoncelos da FAP.
João Egashira
Instrumentista, compositor e arranjador, nasceu em Santo André/SP onde teve seus primeiros contatos com a música. Já em Curitiba, para onde se mudou ainda na infância, continuou desenvolvendo seus estudos musicais, tomando aulas de Violão, Teoria e Harmonia. Mais tarde, passou a tocar também guitarra e bandolim. Dedica-se ao estudo e pesquisa da música brasileira, tendo partilhado trabalhos com músicos como Dominguinhos, Jaques Morelembaum, Roberto Corrêa, Nicolas Krassik, Luhli, entre outros. Como professor atuou por vários anos no Conservatório de MPB de Curitiba dando aulas de Violão e Prática de Choro. Foi também professor do curso de Licenciatura em Música da PUCPR. Ministrou cursos nos festivais de Londrina e Antonina, além da Oficina de Música de Curitiba. É um dos criadores do Clube do Choro de Curitiba. Dirigiu no ano de 2004 o I Festival Nacional Curitiba no Choro e em 2010 a segunda edição do mesmo festival. Recebeu da Câmara Municipal de Curitiba em 2003 votos de congratulações por serviços prestados ao desenvolvimento da cultura em Curitiba.
Serviço: Abertura “Resiliência”, por Sandra Kuniwake. Quarta-feira, 22 de agosto, das 17 às 22 horas. Quintana Gastronomia – Av. do Batel, 1440. Informações e reservas: (41) 3078-6044 ou quintanagastronomia@gmail.com.